Durante os primeiros meses de 2016, um assunto não saía de cena: o surto de Zika vírus no Brasil. O tempo passou, e o número de casos de pessoas infectadas foi diminuindo. Hoje, quase nem se fala sobre a doença. Mas isto não significa que as mobilizações contra o mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue, do vírus zica e da febre chikungunya, devem acabar. Na verdade, elas devem continuar, principalmente nos canteiros de obras. A seguir, listamos algumas medidas que devem ser tomadas para evitar que o canteiro se torne um foco do Aedes aegypti. Confira:
7 medidas para eliminar o Aedes aegypti do canteiro de obras
1. Ensinar a mão de obra a combater o mosquito
A primeira medida a ser tomada pelos gestores é a realização de campanhas e treinamentos, que ajudem os colaboradores a entenderem como o mosquito age e o que se deve fazer para impedir que ele ponha seus ovos no canteiro. Os programas de capacitação, além de educar os colaboradores, ainda os mantém engajados na tarefa de impedir que o canteiro se torne um criadouro do mosquito.
2. Evitar o acúmulo de entulho no canteiro
Os locais onde são jogados os entulhos de construção e demolição são os ambientes preferidos pelo mosquito. Isso porque, depois de uma chuva, muita água é acumulada dentro de materiais, ou seja, canos, blocos cerâmicos, peças de concreto pré-moldado, etc. A montanha de entulho acaba se tornando um criadouro do Aedes aegypti. Para evitar o acúmulo, os gestores devem planejar a destinação dos entulhos logo após eles serem gerados.
3. Vistoriar ralos, calhas e caixas d’água
Os ralos, calhas e caixas d’água tanto do empreendimento que está sendo construído quanto das instalações provisórias, como alojamentos e escritórios, devem ser vistoriados constantemente. No caso das caixas d’água e dos outros reservatórios utilizados para o armazenamento de água, eles devem ser lavados com bucha e sabão, para que os possíveis ovos do mosquito sejam eliminados.
4. Manter recipientes virados de cabeça para baixo
Quando não estiverem sendo utilizados, baldes, galões e latas de tinta utilizadas para armazenar água devem ser fechados ou virados de cabeça para baixo, pois elas podem servir de morada para o mosquito. Esta medida também para vale para as tampas de recipientes que os colaboradores se esquecem de jogar no lixo e deixam largadas no canteiro e para os carrinhos de mão.
5. Esticar lonas plásticas
Nas obras, as lonas têm várias utilidades. Elas geralmente são utilizadas para cobrir matérias-primas e proteger áreas recém-construídas contra a chuva e outros fenômenos na natureza. Se não esticadas completamente, as lonas podem acumular muita água e se tornar um foco do mosquito. Daí a importância de esticá-las completamente, para que suas superfícies não fiquem com ‘buracos’ e ‘amassados’ que possam acumular água.
6. Retirar a água acumulada em lajes
Nas lajes, a água da chuva ou a água utilizada pelos colaboradores na realização dos trabalhos, geralmente se acumula nas irregularidades dos pisos. É muito importante que a equipe retire essa água com rodos logo após ela ser acumulada, tanto para impedir que o mosquito Aedes aegypti ponha seus ovos, quanto para evitar que alguém escorregue na poça e sofra um acidente de trabalho.
7. Designar um profissional para vistoriar o canteiro
Os gestores também devem designar um colaborador que ficará responsável por vistoriar todo o canteiro. Diariamente, este profissional deverá inspecionar todos os locais da obra, incluindo o subsolo, as lajes, os alojamentos, os terrenos e os fossos de elevadores e eliminar toda a água parada que encontrar. Esta avaliação criteriosa é fundamental para manter o canteiro livre do mosquito.