As fintechs na construção civil são as startups que unem o financeiro com a tecnologia, proporcionando soluções tecnológicas que resolvem problemas do dia a dia do financeiro das empresas e das pessoas.
Entre elas estão os famosos bancos digitais, empresas de pagamento de boletos, empréstimos, gestão financeira, crowdfunding, entre outras.
O número de fintechs no Brasil cresceu mais de 600% nos últimos cinco anos e o país tem mais de 1.500 fintechs em atividade.
As fintechs na construção civil tiveram o maior volume de investimento entre as startups brasileiras no ano de 2021 com US$ 3,7 bilhões captados no ano.
Um exemplo de fintech pioneira no Brasil é o Nubank, que atua aqui desde 2013 e tem um valor de mercado de cerca de U$$37,4 bilhões, sendo considerado uma das maiores fintechs do mundo.
Mudanças tecnológicas se tornaram uma necessidade em tempos pandêmicos, pois resolvem problemas relacionados a deslocamento e contato evitável com seres humanos, o que auxilia a prevenir a transmissão de Covid.
Um grande exemplo de sucesso foi a implementação do Pix pelo Banco Central em novembro de 2020. Em um ano de Pix, completado em novembro de 2021, a ferramenta engajou 117 milhões de usuários com mais de 9,5 bilhões de transações.
Isso mostra que as pessoas estão preparadas para aceitar a revolução digital dos processos e prontas a adotá-las, se a solução for simples.
As fintechs e o mercado de construção civil
As fintechs têm forte relação com o mercado da construção civil, pois mostram como um setor com operações diversificadas consegue se tornar digital com boa receptividade dos clientes.
As startups específicas da construção civil, as chamadas construtechs, e as startups do setor imobiliário, chamadas de proptechs, têm um quê de fintechs.
Isso porque muitas delas acabam lidando com operações financeiras na gestão de empresas, pagamento de boletos, investimento em imóveis, financiamentos, crédito imobiliário, entre outras operações.
Veja alguns exemplos de fintechs na construção civil:
Urbe.me
Plataforma de financiamento imobiliário coletivo, viabiliza projetos de construtoras e incorporadoras juntando investidores que compram cotas a partir de R$1000,00.
Outra plataforma de investimento coletivo em loteamentos, também proporciona o financiamento para as loteadoras.
A loft auxilia os clientes a encontrarem imóveis para alugar e vender, oferece crédito, financiamento imobiliário e crédito com imóvel como garantia.
A Quinto Andar funciona como uma imobiliária inteiramente online, facilitando o processo de compra e aluguel de imóveis colocando o locador e o locatário para negociar diretamente.
O que todas essas empresas têm em comum?
Elas sabem relacionar as funcionalidades das fintechs na construção civil com as demandas do mercado da construção e imobiliário.
E quando a empresa cresce?
As empresas fintechs na construção civil são muito diversificadas. Seus setores de atuação se espalham entre serviços, aluguel de máquinas, gestão de imóveis, construção, incorporação, vendas, aluguel.
Cada um tem potenciais de crescimento diferentes. O setor de loteamentos cresceu 200% em 2020, por exemplo.
Com o contexto da pandemia, as empresas imobiliárias tiveram que adaptar seus processos burocráticos, de anúncio e visita de imóveis para o ambiente digital de forma a evitar contato presencial.
Tudo isso faz parte de saber ver o cenário e enxergar as oportunidades. Quem está organizado financeiramente e tem um planejamento estratégico consegue identificar e executar as mudanças necessárias mais rápido que a concorrência.
A inovação das construtechs, as fintechs na construção civil
As construtechs são startups com foco em resolver problemas do mercado da construção civil com foco na tecnologia.
De acordo com o Startup Scanner, são 249 construtechs no Brasil, divididas em 24 categorias.
Vão desde a venda de imóveis online, financiamento, investimentos até o aluguel de máquinas, gestão de canteiro de obras, cotação de materiais de construção.
Alguns dos exemplos que podemos citar são:
Serviços de cotação de materiais de construção.
- Gerencia Obras
App para gerenciamento de obras com gráficos e dashboards. - Isobloco
Vende blocos de concreto pré-moldados.
Soluções para aluguel de máquinas e descarte de entulhos.
Como você pode observar, a maioria dos serviços oferecidos pelas startups existia também na forma “analógica” de uma forma ou de outra.
A maior diferença está em como fazer a transformação digital e oferecer o serviço no qual você é especialista com a roupagem dos tempos modernos.
Para fazer uma verdadeira transformação digital, é preciso seguir alguns passos:
Cultura organizacional em fintechs na construção civil
Mudar processos pode ser dolorido no começo, mas trazer a cultura digital, o uso de ferramentas bem escolhidas, automação e gestão inteligente para dentro da empresa são essenciais para se tornar uma empresa inserida no mercado atual.
Comece por adotar ferramentas e processos alinhados com o que há de mais tecnológico, digitalize, automatize tarefas corriqueiras e treine as equipes para isso.
Melhoria contínua de processos
A avaliação das tarefas concluídas permite enxergar oportunidades. Mas para isso, é preciso controlá-las. Defina indicadores de performance a serem acompanhados (KPIs) e encontre ferramentas que disponibilizem relatórios para sua análise.
Teste de ideias novas
Fazer sempre do mesmo jeito não gera inovação. A oportunidade de mudança e melhoria aparece quando testamos novas ideias. Defina uma mudança simples de processo, encontre indicadores para medi-la e um período de testes para saber se a ideia funciona ou não.
Como será o futuro das fintechs na construção civil?
Os gestores da construção civil precisam ter em mente que precisam fazer investimentos contínuos em tecnologia e treinamento de pessoas.
A transformação digital veio para todas as áreas, e na construção ainda há muito espaço para criar novas soluções. Construção automatizada, BIM, automação de processos, impressão 3D, construção com auxílio de robótica, lançamentos imobiliários 100% online, tudo isso faz parte do presente e do futuro da construção.
A burocracia, principalmente, deve ser diminuída com as ferramentas tecnológicas.
As ferramentas de ontem não participam dos negócios de amanhã!
Fazer networking com profissionais da área, trocar conhecimento e saber do que está acontecendo no mercado ajudam a não ficar para trás.
Acompanhe o primeiro dia do nosso evento WorkConnect, que traz as novidades do setor da construção: