
O Indicador Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias)-Fipe de fevereiro de 2022 mostrou que os lançamentos de imóveis residenciais cresceram 27% e vendas subiram 4% no ano passado, em 2021.
A pesquisa anual realizada pelas duas entidades mostrou que mais de 153 mil unidades foram lançadas e 143 mil foram vendidas entre janeiro e dezembro do ano passado, um novo recorde na série histórica, que teve início em 2014.
O levantamento foi realizado com 18 incorporadoras associadas à entidade e abrange o período de janeiro a dezembro de 2021.
Entre as vendas líquidas (excluindo os distratos), o aumento foi de 4,5% em 2021, em comparação com 2020, com um total de 26,7 mil imóveis comercializados.
Os resultados refletem os bons resultados da construção civil, sendo que o PIB da Construção Civil cresceu 9,7% em 2021 se comparado a 2020, o que demonstra a retomada do setor.
“No acumulado do ano, os lançamentos e vendas tiveram crescimento, inclusive superando as séries históricas, sinalizando o bom desempenho em geral das incorporadoras. O setor, que representa uma grande porta de entrada para o mercado de trabalho e que hoje é responsável por cerca de 9% das vagas geradas no Brasil, é um dos setores protagonistas no processo de recuperação econômica brasileira, mantendo-se resiliente. No geral, os empreendedores estão otimistas com as perspectivas para 2022, mas atentos ao cenário econômico atual”, pontua Luiz França, presidente da ABRAINC.
Empreendimentos de Médio e Alto Padrão (MAP)
O lançamentos de imóveis de Médio e Alto Padrão bateram recordes no 4º trimestre de 2021, com 29.197 unidades, um aumento de 202,3% em comparação ao mesmo período de 2020.
No resultado anual, a alta de lançamentos foi de 226,2% em 2021 (64.505 unidades).
Quanto às unidades vendidas, o resultado também foi positivo, com 8.840 unidades comercializadas no 4º trimestre de 2021, uma alta de 21,5% em comparação com o mesmo período de mesmo período de 2020).
Programa Casa Verde e Amarela (CVA)
Os empreendimentos enquadrados no Programa Casa Verde Amarela (CVA) tiveram grande participação entre unidades lançadas (57,9%) e comercializadas (80,2%) no agregado de 2021.
Porém, é importante notar a diminuição desse percentual entre 2020 a 2021, principalmente no caso dos lançamentos residenciais (que passaram de 83,7% para 57,9%).
Segundo a Abrainc, essas mudanças refletem aspectos relacionados à oferta (como as mudanças no enquadramento de imóveis no programa CVA, a alta dos custos de insumos da construção civil, entre outros) e de demanda (com destaque para o comportamento de variáveis macroeconômicas que influenciam o affordability dos imóveis nos diferentes segmentos).
Foram lançadas 29.181 unidades relacionadas ao programa Casa Verde e Amarela durante o 4º trimestre de 2021, o que representa um recuo de 28,8% em relação ao registrado no último trimestre do ano anterior. Com isso, os lançamentos do segmento totalizaram 88.746 em 2021, uma queda de 12,3% em relação ao volume anual lançado no ano anterior.
Em comparação, as vendas associadas ao programa no 4º trimestre de 2021 (25.322 unidades) recuaram 22,3% em relação ao último trimestre de 2020.
No balanço anual de 2021, contudo, o volume comercializado foi de 113.008 unidades, mantendo-se praticamente estável em relação à soma das unidades vendidas no período anterior.
Cenário econômico favorece imóveis de baixo custo
Em março de 2022, a Caixa anunciou que juro do crédito habitacional para o programa Casa Verde e Amarela passou de 4,75% para 4,25%. A renda máxima para enquadramento no programa passou para R$ 2.400 por mês (antes era de R$ 2.000) e o teto do valor do imóvel financiado subiu 15%. Essas novas condições devem aquecer o mercado de imóveis de baixo custo em 2022.
Investimentos no mercado na construção civil
Os bons números das vendas de imóveis em 2021 e as mudanças no enquadramento do Programa Casa Verde e Amarela mostram que o cenário favorece o lançamento de novos empreendimentos, que devem ter boa absorção no mercado.
Os distratos também diminuíram, a pesquisa da Abrainc-Fipe apontou uma queda de 2,2% no número de distratos.
Esse cenário mostra que investidores, incorporadoras e construtoras terão um bom mercado em 2022, basta saber aproveitar as oportunidades!
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